Todos já ouviram falar dos benefícios de uma dieta rica em Ômega-3 e Ômega-6. Os chamados “ácidos gordos” possuem benefícios incontáveis no organismo, e devem, no entanto, ser consumidos com moderação e observando uma proporção específica entre eles.
Segundo pesquisa realizada pela UEM (Universidade Estadual de Maringá), a ingestão de Ômega-3 e Ômega-6 tem função na retina, cérebro, sistema cardiovascular e em processos inflamatórios, exercendo ação regulatória no sistema imune e protetora do funcionamento do coração.
Existem ainda ligações entre o baixo consumo de ácidos graxos de cadeia longa e a ocorrência de doenças do sistema nervoso associadas ao envelhecimento, uma vez que são considerados precursores para a formação do ácido docahexanóico (ADH). Baixos níveis deste ácido no organismo estão relacionados ao aumento do colesterol no cérebro e maior incidência das síndromes de Parkinson e Alzheimer.
Na alimentação, as maiores fontes de Ômega-3 são peixes e alguns vegetais tais como agrião, couve, couve-flor e feijão. Já o Ômega-6 está presente em maior concentração na soja e em óleos essenciais como o Óleo de Cártamo. Deste modo é possível, além de recomendado, balancear a ingestão desses dois tipos de ácidos-graxos através da dieta. Ambos os ácidos competem pela enzima delta-6-desaturase, sendo que o excesso de um prejudica a absorção do outro. Ainda segundo pesquisadores da UEM, para aqueles que buscam proteção cardiovascular, a proporção recomendada entre Ômega-6 e 3 no organismo deve girar em torno de 4:1, respectivamente , já que o Ômega-3 tem uma taxa de absorção muito maior no organismo do que seu análogo Ômega-6.